Sexta-feira, 26 de Maio de 2006
Segunda-feira, 8 de Maio de 2006
No meu trabalho escrevo imenso, chegando a gastar uma esferográfica por semana nos picos da escrita, que é o mesmo que dizer - o turno do dia - quando os dedos que a seguram (médio, indicador e polegar), chegam marcados a casa por a prender tanto tempo seguido. Também costumo afiar as unhas no teclado que está à minha frente oito horas por dia (quando não é mais), mas isso agora não interessa. O que interessa mesmo são as esferográficas, e há tantas por aí, mas nem todas me satisfazem em pleno. Das poucas que me conseguem satisfazer e dar algum prazer na escrita, continuam a ser as esferográficas da bic, que já costumava usar na escola primária. Há duas semanas comprei uma caixa de bic cristal grip de tinta azul, em tudo idênticas às cristal – as da escrita normal, mas com uma espécie de borracha onde se segura, o tal grip. No trabalho a minha empresa fornece esferográficas, mas não gosto daquilo que colocam à minha disposição, são muito mais caras e não satisfazem. Uma vez por outra fornece duas ou três bic ristal, pretas. Continuo a não acreditar que haja esferográficas tão simples e com uma escrita tão boa. Tem de se ter em conta que no aspecto da qualidade preço são mesmo imbatíveis.
Vamos lá então à recordação:
“Bic, bic, bic-bic-bic
bic laranja - escrita fina
bic cristal - escrita normal
duas escritas à sua escolha
Bic, bic, bic-bic-bic”
Pois é... era um puto na altura, mas lembro-me perfeitamente desta publicidade que na TV era apresentada com a imagem das duas esferográficas, uma laranja – escrita fina, e uma cristal – escrita normal, fazendo uma espécie de linhas elípticas cruzadas repetidamente entre si, ao melhor estilo de um gráfico mensal de um qualquer bio-ritmo. Os mais velhos lembrar-se-ão com certeza deste anúncio às esferográficas da bic. Não me lembro se havia publicidade nos jornais ou em revistas, mas na rádio o spot apresentado era o mesmo, isto é, as mesmas vozes do spot da TV, a mesma música, a mesma quadra simples e engraçada que ficou para sempre gravada nas memórias de muitos... e na minha também.