É com a minha ovelha que eu quero estar, fachabôr.
Eis a cantiga dos Gato Fedorento que cruza, de forma perigosa, os universos de 50 Cent e do Engenheiro Sousa Veloso, conforme descreve o Nuno Markl no seu blog. Via Há vida em Markl
Como hoje é o dia mundial da dança, todos devemos de dançar, não daqui para fora, mas dançar mesmo. Uns dançam assim, outros assado... mas há ainda quem dance frito ou cozido, só depende do gosto e da habilidade de cada um. O importante é que dance, e há tanta maneira diferente de o fazer para comemorar um dia que deveria ser, diria mesmo, venerado. É que dançar faz bem ao coração. É uma actividade que além de lúdica , transmite sensualidade, logo bem estar, prazer e alegria.
No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.
Às 22h 55m é transmitida a canção “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que despoletava a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.
O segundo sinal foi dado às 0h 20 m, quando foi transmitida a canção “Grândola Vila Morena“ de José Afonso pelo programa Limite da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início da operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
in "Wikipedia"
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Rosalinda, se tu fores à praia, se tu fores ver o mar,
cuidado não te descaia o teu pé de catraia em óleo sujo à beira-mar,
cuidado não te descaia o teu pé de catraia em óleo sujo à beira-mar.
A branca areia de ontem está cheínha de alcatrão.
As dunas de vento batidas são de plástico e carvão,
e cheiram mal como avenidas, vieram para aqui fugidas a lama, a putrefacção.
As aves já voam feridas, e outras caem ao chão.
Mas na verdade, Rosalinda, nas fábricas que ali vês
o operário respira ainda, envenenado, a desmaiar, o que mais há desta aridez.
Pois os que mandam no mundo só vivem querendo ganhar,
mesmo matando aquele que morrendo vive a trabalhar.
Tem cuidado, Rosalinda, se tu fores à praia, se tu fores ver o mar,
cuidado não te descaia o teu pé de catraia em óleo sujo à beira-mar,
cuidado não te descaia o teu pé de catraia em óleo sujo à beira-mar.
E em Ferrel, lá para Peniche, vão fazer uma Central
que para alguns é nuclear, mas para muitos é mortal.
Os peixes hão-de vir à mão, um doente, outro sem vida, não tem vida o pescador.
Morre o sável e o salmão, "Isto é civilização", assim falou um senhor.
Tem cuidado, Rosalinda, se tu fores à praia, se tu fores ver o mar,
cuidado não te descaia o teu pé de catraia em óleo sujo à beira-mar,
cuidado não te descaia o teu pé de catraia em óleo sujo à beira-mar.
Letra e música: Fausto